segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Usinas nuclares de Angra dos Reis

Esse link levará voces a uma reportagem bem completa sobre usinas nucleares:
http://www.comciencia.br/reportagens/nuclear/nuclear01.htm

1º Navio Vertical do mundo!

Primeiro navio vertical do mundo explorará o fundo do mar
30 de novembro de 2009 12h49 atualizado às 13h56

A estação terá 51 metros de altura e contará com uma parte submersa e outra para fora da água Foto: BBC Brasil A estação terá 51 metros de altura e contará com uma parte submersa e outra para fora da água
30 de novembro de 2009
Foto: BBC Brasil
Um arquiteto francês apresentou publicamente o protótipo do que deve ser o primeiro navio vertical do mundo e que deve possibilitar ao homem uma nova maneira de explorar o fundo do mar. Jacques Rougerie, de 64 anos, diz que sua invenção, uma estação oceanográfica batizada de SeaOrbiter, será realidade "em um futuro próximo".
Ele afirma já ter metade dos 35 milhões de euros necessários para a construção da estrutura, que, ao contrário das atuais estações submarinas, será móvel e poderá navegar pelos oceanos.
"Atualmente, os oceanógrafos só podem mergulhar por curtos períodos de tempo e depois têm de ser trazidos para a superfície. É como se fossem levados para a Amazônia e depois tirados de lá em um espaço de uma hora", comparou. "O SeaOrbiter vai oferecer uma presença móvel permanente com uma janela para tudo o que está abaixo da superfície do mar."
Plataformas
Segundo o projeto de Rougerie, a estação terá 51 metros de altura e contará com uma parte submersa e outra para fora da água. Equipamentos de navegação e comunicação ficarão acima da superfície, juntamente com uma plataforma de observação.
Os cientistas viverão debaixo d'água e haverá uma plataforma pressurizada de onde mergulhadores poderão partir em missão. O projeto conta ainda com a consultoria de Jean-Loup Chrétien, o primeiro astronauta da França, que está envolvido no design da estação.
O sistema anti-colisão da estrutura é baseado no que é atualmente utilizado na Estação Espacial Internacional. Rougerie, que dirige um carro-anfíbio, vive e trabalha em um barco e já passou 70 dias em uma expedição submarina, disse que as chances de o SeaOrbiter ser realmente construído "são de 90%".
Um grande estaleiro francês já assinou sua participação no projeto, que também ganhou o apoio do presidente francês, Nicolas Sarkozy.

Serra Pelada Ontem e Hoje

A grande extensão territorial do Brasil proporciona várias vantagens, entre elas é a possibilidade de possuir riquezas naturais, tanto na superfície terrestre como no subsolo. O país ficou marcado pela grande quantidade de ouro encontrado durante os séculos XVII e XVIII. Após esse período, acreditava-se que não haveria mais nenhuma grande jazida de ouro no país. No entanto, em 1980 surgiu a Serra Pelada.

Serra Pelada é uma região localizada no Estado do Pará. Na década de 1980, essa área foi invadida por milhares de pessoas em busca do enriquecimento rápido através do ouro. Em razão da grande concentração de garimpeiros, a região atraiu também lavradores, médicos, motoristas, padres, engenheiros, entre outros. No entanto, com o objetivo de evitar possíveis confusões, foi proibida a entrada de mulheres e bebidas nos garimpos. O major do Exército, Sebastião Curió, era o responsável pela organização no garimpo.

Rapidamente a área se tornou no maior garimpo a céu aberto do mundo. Toneladas de ouro foram retiradas de Serra Pelada, esse fato fez com que todos pensassem que as jazidas de ouro seriam capazes de enriquecer os garimpeiros. Porém, a maioria dos garimpeiros não conseguiu enriquecer, e o que é pior, muitos morreram durante o trabalho.

As condições de trabalho eram muito precárias, calor intenso, utilização de escadas danificadas, barrancos altamente perigosos, poeira de monóxido de ferro no ar - que era inalada pelos trabalhadores, mesmo sendo prejudicial aos pulmões. Mas apesar de todos esses fatores, os garimpeiros trabalhavam dia e noite na esperança de “bamburrar” - expressão relacionada ao fato de enriquecer.

Garimpeiros a procura do ouro em Serra Pelada
A produção aurífera em Serra Pelada decresceu e, em 1992, ocorreu a paralisação da extração de ouro na região. A grande cratera aberta para a retirada do ouro transformou-se num enorme lago. A Companhia Vale do Rio Doce recebeu uma indenização de 59 milhões do Governo Federal, pois tinha direitos sobre as jazidas de ouro, que foram invadidas por milhares de garimpeiros.

Em 2002, o Congresso Nacional aprovou um decreto que permitiu aos garimpeiros a execução de suas atividades em uma área próxima a Serra Pelada. Em poucos meses, aproximadamente, 10.000 garimpeiros foram atraídos para essa região. Vários problemas ocorrem nessa nova área. A disputa de interesses políticos, líderes sindicais, mineradoras e antigos garimpeiros geraram vários conflitos. O clima na região continua tenso, vários assassinatos ocorrem pela busca do ouro.
Por Wagner de Cerqueira e Francisco
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola






Pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiose

Pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiose

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Pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiose é uma rara doença pulmonar, contraída pela aspiração das cinzas vulcânicas[1].
Pneumonoultramicroscopicsilicovolcanoconiosis, o nome da doença em inglês, é a maior palavra daquele idioma, com 45 letras. Ela foi cunhada por Everett M. Smith, presidente da National Puzzlers' League, para ser a mais longa palavra de língua inglesa. A intenção é descrever uma condição conhecida por silicose.
O portador da doença é chamado de pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico, sendo esta a maior palavra da língua portuguesa, com 46 letras. Ela ganhou registro oficial pela primeira vez em 2001, no Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa.

Etimologia

Palavra Significado da palavra Idioma de origem Palavra de origem e seu significado
pneumo pulmão grego pneumon = pulmão
ultra além latim ultra = além
microscópico muito pequeno grego microscópio: mikros = pequeno, skopein = examinar
sílico vem de silício, elemento químico presente no magma vulcânico latim silício: silicium/silex = pedra dura ("seixo")
vulcano vindo de um vulcão latim vulcão: vulcanus = deus do fogo e da metalurgia
coniose doença causada por inalação de partículas de poeira em suspensão no ar grego kónis = poeira
A palavra significa os sintomas da doença causada pela aspiração de fumaça vulcânica.

Fosseis de jacaré

Pesquisadores da UFAC coletam fósseis de jacarés gigantes na BR-364

Altino Machado às 10:13 am
mourasuchus
Fóssil do mourasuchus: 50 dentes e cabeça com aspecto de "bico de pato"
Pesquisadores da Universidade Federal do Acre (UFAC) coletaram, na margem direita da BR-364, no município de Feijó (AC), fósseis de dois jacarés. Apesar de bastante danificado, o primeiro fóssil foi identificado como sendo ramo mandibular do grande jacaré Purussaurus brasiliensis, o maior jacaré do planeta.
A equipe também localizou nova evidência fóssil que de imediato foi atribuída a outro jacaré, contudo, sem possibilidades de identificação mais precisa. Ambas as peças foram transportadas para o Laboratório de Pesquisas Paleontológicas (LPP) da Ufac.
Após estar tecnicamente preparado, estudos preliminares já realizados no LPP permitem afirmar que o segundo material é do gênero Mourasuchus nativus. A espécie pertence à família Nettosuchidae, que são crocodilos endêmicos da América do Sul.
Possuem um crânio largo, longo e relativamente achatado, características estas que os diferenciam de qualquer outra forma de jacaré atual.
O primeiro fóssil deste gênero foi encontrado nas barrancas do rio Juruá, no Acre, e foi descrito para a ciência por L. I. Price, em 1964. Atualmente, já foram encontrados representantes da família Nettosuchidae na Argentina, Colômbia e Venezuela.
O paleontólogo Jonas Souza Filho, ex-reitor da UFAC, especialista neste grupo de répteis, coordenou o trabalho de coleta dos fósseis em Feijó.
Paleontólogo Jonas Filho na BR-364
Paleontólogo Jonas Filho na BR-364
- O Mourasuchus é um “curioso” jacaré também de grandes dimensões, contemporâneo de Purussaurus. Ele viveu durante o Período Mioceno Superior/Plioceno na Amazônia Sul-Ocidental, entre 5 e 8 milhões de anos. Endêmico da América do Sul, este jacaré fóssil não possui representante na fauna atual do planeta, estando extinto desde o Período Plioceno - explica.
As características anatômicas deste gênero de jacaré estão marcadas, segundo Jonas Souza Filho, pela presença de um crânio muito longo e largo, exageradamente achatado, com uma dentição numerosa, com cerca de 50 dentes e cabeça com aspecto de um “bico de pato”.
- Estas características os diferenciam de qualquer outra forma de jacaré até então conhecida - assinala o paleontólogo.
A BR-364, em toda sua extensão, é rica em fósseis que vêm sendo estudados desde os 1980 pelos pesquisadores da UFAC.
Carapaça de tartaruga gigante comparada com jabuti e tartaruga atual
Carapaça fóssil de tartaruga gigante comparada com jabuti e tartaruga atuais
Eles encontraram, ainda, o fóssil de uma tartaruga mata-mata, originária da América do Sul, que vive especificamente na região amazônica. A carapaça fóssil mede mais de 2 metros de diâmetro. O nome científico da mata-mata é Chelus fimbriatus, que significa Tartaruga franjada ou ornamentada.
Jonas de Souza Filho, que está realizando pós-doutorado na Universidade de Brasília, até março 2010, neste momento encontra-se no Acre para fazer parte final de campo.
Entre suas propostas está a elaboração de um livro científico sobre jacarés fósseis do Acre e outro, infantil, sobre o Purussaurus. No livro infantil ele quer contar uma história tão real quanto fictícia sobre o nosso maior jacaré do mundo.
- Quero colocar ou começar a colocar o Purussaurus no seu devido lugar, isto é, junto com o mapinguari e outros da nossa cultura regional e nacional.
Conheça os principais fósseis do Acre
Cabeça de jacará atual comparada com a do purussaurus
Cabeça de jacará atual comparada com a do purussaurus
Purussaurus - É o maior predador da Amazônia. O crânio do grande jacaré foi coletado pela equipe do LPP em 1986, no Alto Rio Acre, a montante do município de Assis Brasil. O crânio mede 1,30 metros e o animal deveria ter o comprimento total de 12 metros, sendo que alguns indivíduos poderiam alcançar até 18 metros. Habitaram o Acre entre 8 e 5 milhões de anos, o que corresponde às épocas geológicas Mioceno Superior-Plioceno. Foram encontrados diversas peças de crânio e pós-crânio desse gigantesco jacaré em vários sítios fossilíferos do Estado. Sua existência não está restrita apenas ao Acre, pois foram encontrados fósseis de Purussaurus também na Bolívia, Peru, Colômbia e Venezuela.
Mastodonte - Foram animais semelhantes, inclusive em tamanho, aos atuais elefantes. Distribuíam-se por toda a América do Sul. Apresentavam presas recurvadas, muito desenvolvidas, que poderiam chegar até a um metro e meio de comprimento. Os lábios superiores se transformaram em uma tromba de movimentos precisos. Eram herbívoros e alimentavam-se de brotos, arbustos, folhas e capim. Possuíam dentes de crescimento contínuo.
Toxodontes - Foram animais semelhantes aos hipopótamos atuais. Esses animais são de origem sul-americana e habitaram esse continente por quase toda a Era Cenozóica. Apresentavam pescoço curto possante e atarracado que poderia atingir facilmente a grama. A bacia é larga e os pés e mãos são volumosos. Possuíam uma corcova bastante pronunciada que se iniciava no nível das patas anteriores onde as vértebras tinham uma enorme projeção superior. Suas características corpóreas coincidem com aquelas de animais de hábitos semi-anfíbios. Eram herbívoros e alimentavam-se de arbustos, folhas e capim. Uma mandíbula quase completa
 foi coletada em Assis Brasil, no Alto Rio Acre.
Preguiça gigante - As preguiças gigantes foram animais terrícolas ao contrário das preguiças atuais que são arborícolas. Tiveram sua origem na América do Sul e através da América Central chegaram na América do Norte.
 Os animais maiores poderiam atingir até seis metros de altura. Caminhavam lentamente apoiando-se sobre os lados dos pés e das mãos. Apresentavam o corpo recoberto por pêlos e possuíam uma garra a mais que as preguiças atuais.
 A maioria das espécies de preguiças gigantes alimentavam-se de gramíneas e folhas, e algumas espécies utilizavam a cauda robusta e musculosa, além dos pés, para formar um tripé e assim alcançar os ramos e brotos mais altos das árvores. 

Ramo mandibular esquerdo, com alvéolos foi coletado no Alto Rio Juruá, no Acre.
Hesperogavialis sp - Os gavialídeos são jacarés caracterizados por um rostro bastante alongado que se alimentam basicamente de peixes e pequenos anfíbios. Atualmente, dentro da família Gavialidae, existe apenas uma espécie vivente, o Gavialis gangeticus, na Bacia do rio Ganges e Burma na Ïndia (Continente Asiático).
 Como fósseis, os gavialídeos têm sido encontrados na América do Sul, em particular no Acre. São formas bem maiores que as atuais.
Podocnemis sp - A carapaça deste grande quelônio de água doce foi coletada nas barrancas do alto rio Acre, Município de Assis Brasil, fronteira Brasil/Bolívia/Peru em 1982 e, desde então, encontra-se depositada no LPP.

Stupendemys - É o maior quelônio de água doce que se conhece. Viveu na América do Sul, mais especificamente na Amazônia. Pertence ao grupo dos quelônios que retraem o pescoço lateralmente.
 Provavelmente passavam o dia tomando sol nas margens de rios, dando mergulhos periódicos para alimentar-se de pequenos crustáceos, peixes e plantas. Contudo, nem sempre a vida desses quelônios era sossegada, pois nessa época habitava a região amazônica enormes jacarés, como o Purussaurus, que certamente foram seus maiores predadores.

 Fóssil da cintura pélvica foi coletado no Sítio Cachoeira do Bandeira, no rio Acre.
Conheça o LPP
O professor Edson Guilherme faz uma breve apresentação do Laboratório de Pesquisas Paleontológicas da UFAC, que possui acervo com 5.000 peças fósseis.
Muitas são peças únicas no mundo, tendo revelado para a ciência uma série de novos gêneros e espécies de animais vertebrados que viveram na Amazônia nos últimos 8 milhões de anos.

http://www.youtube.com/watch?v=ATRXfwltQuk&feature=player_embedded


domingo, 29 de novembro de 2009

Teste seus conhecimentos

Teste seus conhecimentos: química no tabuleiro virtual

Estudante universitário cria jogo de computador para vestibulandos: o Ludo Químico. O game é gratuito, está disponível na rede e ajuda no ensino da disciplina.
Por: Sofia Moutinho
Publicado em 16/11/2009 | Atualizado em 16/11/2009
Teste seus conhecimentos: química no tabuleiro virtual
Acima, o Ludo Químico: à medida que o jogador avança de casa, uma questão da matéria é apresentada. O jogo pode ser baixado gratuitamente na internet.
Aprender química promete ser bem mais fácil e divertido com o jogo virtual Ludo Químico, desenvolvido pelo estudante de licenciatura em química Manoel Guerreiro. O game, baseado no popular jogo de tabuleiro Ludo, é simples: o desafio do jogador é responder corretamente às questões de química que lhe são apresentadas para avançar de casa até chegar ao final do percurso. A cada resposta correta ganha-se 5 pontos e a cada errada perde-se um. O jogo é uma opção a mais para auxiliar os vestibulandos e pode ser baixado gratuitamente na internet.
As questões de química foram tiradas de provas de vestibulares de instituições como a Universidade de São Paulo (USP), a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e a Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp). Guerreiro garante que os desafios abordam todas as áreas da disciplina. “Tentei fazer uma mistura que possibilite testar o conhecimento em química, é uma espécie de simulado que ajuda a identificar os problemas que o aluno está tendo”, conta o criador do jogo, estudante da Unesp, em Araraquara (SP).

Raciocínio estimulado

O aspecto lúdico dos jogos é frequentemente apontado por educadores como uma importante ferramenta para o ensino, pois favorece a motivação e o raciocínio do aluno. “Em princípio os jogos são sempre didáticos. O ser humano desde pequeno aprende jogando, simulando, brincando”, afirma Ricardo Cunha Michel, professor do Instituto de Macromoléculas Professora Eloisa Mano (IMA) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e um dos criadores do jogo SueQuímica [PDF], um baralho para auxiliar alunos de ensino médio a aprender as nomenclaturas dos ácidos.
O Ludo Químico já é usado em algumas escolas e cursinhos pré-vestibulares
Guerreiro conta que o Ludo Químico já é usado em campeonatos internos de algumas escolas e cursinhos pré-vestibulares em Araraquara. Mas o professor Ricardo Cunha ressalta que nesses casos a atuação do educador é necessária:
“A grande dificuldade é que não basta ter o jogo, ele deve estar acompanhado de uma proposta didática. O software por si só não ensina e o professor deve ter a clareza quando for selecionar o jogo. Deve escolher um apropriado aos objetivos da aula.“

Projeto

A ideia de criar o jogo surgiu há dois anos, quando Guerreiro cursava uma disciplina de prática de ensino em que teve que desenvolver um projeto para uma escola pública. O estudante e o seu grupo inventaram um jogo de tabuleiro para ensinar a nomenclatura dos compostos orgânicos. Depois de ter um artigo sobre o projeto publicado na revista Ciência e Cognição, Guerreiro resolveu melhorar o jogo e criar uma versão virtual. Surgiu então o Ludo Químico, cujo site já atingiu a marca de 50 mil acessos e 19 mil downloads.
Por enquanto, o game é para um jogador só, mas Guerreiro já desenvolve uma segunda versão para mais participantes, que deve ficar pronta daqui a seis meses. E o interesse dele por jogos didáticos não parou por aí. Além do Ludo Químico, o estudante já criou outros 14 jogos que ainda estão no papel e o próximo a ser lançado será o Baralho Químico, baseado no jogo de cartas Paciência.
Sofia Moutinho
Ciência Hoje On-line

Novo cimento ósseo pode aprimorar tratamentos para osteoporose

Novo cimento ósseo pode aprimorar tratamentos para osteoporose
A vertebroplastia, procedimento para reforçar ossos fraturados por vezes considerado desnecessário, pode ser revolucionada por um novo material
por Larry Greenemeier
© ISTOCKPHOTO.COM/MADS ABILDGAARD
Repouso ou cimento ósseo? Essas são as duas linhas quando se trata de aliviar a dor causada por fraturas vertebrais osteoporóticas por compressão
Quando a dor é demasiada para quem sofre de fraturas na coluna devido à osteoporose, geralmente há duas opções: repouso na cama (frequentemente combinado com uma cinta de proteção e analgésicos) ou um procedimento controverso conhecido como vertebroplastia, que envolve injeções de cimento ósseo.

Na vertebroplastia, o cirurgião utiliza uma agulha oca para injetar uma substância semelhante a um cimento, em geral polimetil-metacrilato (metacrilato de metila) ou PMMA, em todas as rachaduras ou fraturas encontradas na coluna vertebral. Embora a osteoporose enfraqueça os ossos do corpo todo, a vertebroplastia é utilizada exclusivamente para o tratamento de problemas na coluna. O cirurgião usará também um fluoroscópio, que é composto por um aparelho de raios X e uma tela fluorescente, para monitorar a localização da agulha no interior do corpo e garantir que o selante seja injetado no local adequado.

Ambas as abordagens para reduzir a dor decorrente de fraturas vertebrais por compressão, uma condição que afeta cerca de 1,4 milhão de pessoas no mundo – sendo mais da metade dos casos nos EUA – têm seus críticos e simpatizantes.

Os defensores do repouso observam que as fraturas na maioria dos pacientes curam sem necessidade de qualquer tipo de procedimento médico, embora isso possa levar várias semanas. Consideram a vertebroplastia um tratamento no mínimo desnecessário, que pode na verdade enfraquecer o osso em torno da região tratada com o cimento. Dois estudos publicados no New England Journal of Medicine (NEJM) apoiam esse ponto de vista, apontando que participantes de um estudo tratados com vertebroplastia não sentiam menos dor que participantes que receberam um tratamento placebo, em que nenhum cimento ósseo foi injetado na coluna.

Em um dos estudos, 131 pacientes que sofriam de fraturas vertebrais osteoporóticas por compressão passaram por uma vertebroplastia ou a simulação desse procedimento, onde o cimento ósseo não foi efetivamente utilizado. Para surpresa dos pesquisadores, os dois grupos de pacientes apresentaram melhora imediata após o procedimento. “Minha impressão é que a vertebroplastia está sendo usada em demasia agora”, observa David Kallmes, professor do departamento de radiologia da Clínica Mayo, que participou do estudo, embora ele acrescente que também realiza o procedimento. Uma das suas preocupações, baseada num estudo realizado pela Clínica Mayo em 2006, é que as vértebras adjacentes às fraturas tratadas com cimento ósseo tendem a fraturar significativamente mais cedo do que as vértebras mais afastadas.

Outros se preocupam com o uso do PMMA, um plástico transparente que também é um ingrediente do Plexiglas e Lucite em acrílico (vidros acrílicos comumente usados como substitutos inquebráveis para o vidro), utilizado para fazer as superfícies de banheiras, pias e peças conjugadas de banheira e chuveiro, entre outras coisas. Embora complicações em vertebroplastias sejam extremamente raras, há o perigo de vazamento do cimento para fora da área vertebral causando infecção, hemorragia, dormência e outros problemas.

Apesar dessas preocupações, outros médicos veem vários benefícios na vertebroplastia. Os estudos publicados no NEJM fornecem “um bom material para a reflexão que ajudará na elaboração de uma análise mais estratégica de quando realizar uma vertebroplastia”, observa Bernard Clark, neurocirurgião do Centro Médico King\\'s Daughters, em Ashland, Kentucky. Entretanto sua experiência na realização do procedimento nas últimas décadas tem se mostrado eficaz em fornecer alívio mais rápido para a dor que repouso e analgésicos, especialmente para pacientes que sofrem de câncer metastático de outras partes do corpo que invadem a coluna. A vertebroplastia é eficaz em “acelerar o alívio da dor”, acrescenta.

Em junho uma nova substância a ser usada na vertebroplastia recebeu aprovação da Agência de Controle de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos e pode alterar significativamente a discussão: o Cortoss, composto para aumento ósseo desenvolvido nos últimos 14 anos pela Malvern Inc., Orthovita, sediada na Pensilvânia, é uma pasta branca perolada que a empresa afirma ter a capacidade de fortalecer os ossos ajudando-os a produzir fosfato de cálcio.

Embora a publicação dos artigos no NEJM tenha coincidido com uma queda no preço das ações da Orthovita, Theodore Clineff, vice-presidente de pesquisa e desenvolvimento de produtos da empresa, destaca que os estudos testaram PMMA, não Cortoss.

Bernard usou Cortoss para realizar vertebroplastias em seis pacientes desde o início de julho e acredita ser mais seguro que o PMMA, que pode ser tóxico se utilizado em demasia. O Cortoss também é geralmente mais caro que o PMMA. Considerando que uma vertebroplastia típica pode custar entre US$ 2.000 e US$ 5.000, as realizadas utilizando-se Cortoss tendem a estar no ponto mais alto dessa escala. Clark observa que o custo do Cortoss é muito superior ao do PMMA.

A Orthovita reconhece que o Cortoss geralmente custa mais que o PMMA por unidade, mas acrescenta que o Cortoss reduz o risco de refratura subsequente comparado com o PMMA, o que significa que pacientes com osteoporose precisariam de menos tratamentos ao longo do tempo.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Cocaína, especiarias e hormônios são achados na água potável

Que tal essa surpresa? Uma equipe de pesquisadores da Universidade Estadual de Washington encontrou traços de especiarias culinárias e condimentos nas águas do estreito de Puget. Richard Keil, professor associado da Universidade de Washington, comanda o programa Sound Citizen, que investiga até que ponto a vida em terra afeta as águas. Keil e sua equipe rastrearam "pulsos" de ingredientes alimentícios que entram nas águas durante os feriados.
Por exemplo, tomilho e sálvia costumam registrar picos durante o Dia de Ação de Graças, a canela durante o inverno, chocolate e baunilha nos finais de semana (provavelmente traços de alimentos consumidos em festas), e ingredientes usados para waffles disparam no feriado de 4 de julho.
O estudo do estreito de Puget é um dos diversos esforços em curso para investigar os ingredientes inesperados que encontram lugar no suprimento mundial de água.
Em todo o mundo, os cientistas vêm encontrando traços de substâncias - de açúcar e especiarias a heroína, passando por combustível para foguetes e anticoncepcionais - que podem ter consequências imprevistas para a vida humana e a fauna.

Mares de baunilha?
Quando as especiarias e condimentos são levados de um lar norte-americano pelo esgoto, vão para um centro de tratamento, e a maior parte de seu volume é removido lá. Na área em torno do estreito de Puget, os pesquisadores da Universidade de Washington descobriram que os resíduos de especiais que não são removidos terminam por se despejar nas vias aquáticas que emanam do estreito e penetram a terra.
De todos os sabores identificados nessas vias, a baunilha artificial predomina, diz Keil. Por exemplo, a equipe encontrou em média seis miligramas de baunilha artificial por litro de água analisado. Os esgotos da região contêm mais de 14 miligramas de baunilha por litro. Isso equivaleria a despejar em uma piscina olímpica cerca de 10 vidrinhos de 120 ml de baunilha artificial.
Por enquanto, não existem indícios de que um estreito mais doce e mais temperado seja um problema. "Os salmões, que são capazes de farejar o aroma desses produtos, talvez estejam aproveitando seu ambiente temperado com baunilha", disse Keil.
No geral, disse ele, o projeto de identificação de especiarias se provou uma boa maneira de educar as pessoas, especialmente as crianças, quanto ao fato de que "tudo que fazem se conectar às águas da região".

Drogas ilegais
A conexão entre banheiro e cozinha e a costa também pode abrir caminho a algumas substâncias menos agradáveis, tais como drogas ilícitas, descobriram os especialistas. Depois que uma pessoa usa drogas como cocaína, heroína, maconha e ecstasy, os subprodutos ativos das substâncias são liberados nas águas do esgoto por meio da urina e fezes dos usuários.
Esses subprodutos, ou metabolitos, muitas vezes não são removidos completamente durante o tratamento de esgoto, ao menos na Europa, diz Sara Castiglioni, do Instituto Mario Negri de Pesquisa Farmacológica, em Milão, Itália.
Isso significa que as águas contaminadas por drogas podem penetrar o lençol freático e as águas de superfície, que servem coletivamente como importantes fontes de água potável para a maioria das pessoas.
Em um novo estudo sobre pesquisas anteriores, Castiglioni e seu colega Ettore Zuccato constataram que as drogas ilícitas têm presença "generalizada" nas águas de superfície de algumas das áreas povoadas europeias.
Por exemplo, em um estudo de 2008, cientistas descobriram um subproduto de cocaína em 22 das 24 amostras de água potável testadas em uma usina espanhola de tratamento, a despeito do rigoroso processo de filtragem. Embora ínfimos, esses resíduos podem ser tóxicos para os animais de água fresca, de acordo com o estudo, que será publicado pela revista Philosophical Transactions of the Royal Society A.
Por isso, "não pode ser excluída a possibilidade de risco para a saúde humana e ambiental", alerta o estudo.

Produtos farmacêuticos
Os cientistas também estão descobrindo mais sobre a presença de produtos como compostos farmacêuticos legais e itens de tratamento pessoal, de antibióticos e morfina a filtro solar, em volume cada vez maior nas nossas águas.
Pesquisas anteriores revelaram, por exemplo, que até 20 quilos de produtos farmacêuticos fluem pelas águas do rio Po, na Itália, a cada dia.
Como no caso das drogas ilícitas, traços desses produtos muitas vezes escapam à filtragem nas usinas de tratamento de esgotos. Os produtos também são encontrados em muitas vias aquáticas dos Estados Unidos, e estudos indicam que certas drogas podem prejudicar o meio ambiente -embora não haja indícios até o momento de que prejudiquem pessoas, de acordo com a Agência de Proteção Ambiental (EPA) norte-americana.

Contaminantes
As atuais normas da EPA dispõem que mais de 90 contaminantes sejam filtrados e eliminados dos sistemas de água potável, diz Cynthia Dougherty, diretora do serviço de água da agência.
Vírus e outros microrganismos são filtrados, e o mesmo se aplica a substâncias inorgânicas como chumbo, cianeto, cobre e mercúrio. Os poluentes gerados pelo uso de fertilizantes, como nitrato e nitrito, são removidos, igualmente.
Além disso, a agência estuda regularmente os novos produtos químicos que podem requerer regulamentação. No momento, há interesse quanto ao perclorato, um produto químico tanto natural quanto artificial usado em fogos de artifício e combustível de foguetes, disse Dougherty.

National Geographic - 25 de novembro de 2009 • 15h5

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Vou me embora...

Vou-me Embora pra Pasárgada

Manuel Bandeira


Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei


Vou-me embora pra Pasárgada
Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconseqüente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que nunca tive


E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d'água
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pasárgada


Em Pasárgada tem tudo
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcalóide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar


E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
— Lá sou amigo do rei —
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada.


Texto extraído do livro "Bandeira a Vida Inteira", Editora Alumbramento – Rio de Janeiro, 1986, pág. 90

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Oceano pode estar com a capacidade esgotada!

Divulgação Científica
Capacidade esgotada

19/11/2009

Agência FAPESP – Os oceanos têm um papel fundamental na regulagem climática, absorvendo cerca de um quarto de todo o dióxido de carbono lançado pela ação humana. Agora, o primeiro levantamento ano a ano desse mecanismo desde a Revolução Industrial indica que os oceanos estão sofrendo para acompanhar o aumento nas emissões.

A consequência, apontam, poderá ser desastrosa para o clima no futuro do planeta. A pesquisa, feita nos Estados Unidos, foi publicada na edição desta quinta-feira (19/11) da revista Nature.

Samar Khatiwala, da Universidade Columbia, e colegas estimaram que os oceanos absorveram um recorde de 2,3 bilhões de toneladas de dióxido de carbono resultantes da queima de combustíveis fósseis em 2008. Mas, com o aumento na quantidade total de emissões, a proporção absorvida pelos oceanos desde 2000 caiu em cerca de 10%.

Modelos climáticos desenvolvidos anteriormente haviam previsto uma diminuição nesse processo, mas o novo estudo é o primeiro a quantificar essa queda.

Enquanto trabalhos anteriores haviam atribuído a mudança à diminuição do ozônio na estratosfera e a alterações na circulação oceânica induzidas pelas mudanças climáticas, a nova pesquisa sugere que o motivo é mais simples: os oceanos chegaram ao limite, tanto físico como químico, de sua capacidade de absorver o dióxido de carbono.

“Quanto mais dióxido de carbono, mais ácido fica o oceano, reduzindo a capacidade de manter o CO2”, disse Khatiwala. “Por causa dessa consequência, com o tempo o oceano se torna um repositório menos eficiente do carbono antrópico. A surpresa é que podemos estar diante das primeiras evidências disso, talvez combinado com a circulação mais lenta por causa do aumento nas emissões.”

Segundo o estudo, o acúmulo de carbono industrial nos oceanos aumentou enormemente na década de 1950, à medida que os oceanos passaram a tentar acompanhar o ritmo acelerado das emissões em todo o mundo.

As emissões continuaram a crescer e, no ano 2000, atingiram tal volume que os oceanos passaram a absorver menos CO2 proporcionalmente, ainda que o total em peso tenha continuado a aumentar. Hoje, segundo a pesquisa, os oceanos mantêm cerca de 150 bilhões de toneladas de carbono industrial, um terço a mais do que em meados da década de 1990.

Cerca de 40% do carbono entra nos oceanos por meio das águas geladas próximas à Antártica, porque o dióxido de carbono se dissolve mais rapidamente nas águas mais frias e mais densas do que nas mais quentes. Dali, as correntes transportam o carbono para o norte do planeta.

O artigo Reconstruction of the history of anthropogenic CO2 concentrations in the ocean, de Samar Khatiwala e outros, pode ser lido por assinantes da Nature em www.nature.com.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

"O homem que calculava"

Poucas horas havia que viajávamos sem interrupção, quando nos ocorreu uma aventura digna de registro, na qual meu companheiro Beremiz, com grande talento, pôs em prática as suas habilidades de exímio algebrista.
Encontramos perto de um antigo caravançará1 meio abandonado, três homens que discutiam acaloradamente ao pé de um lote de camelos.
Por entre pragas e impropérios gritavam possessos, furiosos:
- Não pode ser!
- Isto é um roubo!
- Não aceito!
O inteligente Beremiz procurou informar-se do que se tratava.
- Somos irmãos – esclareceu o mais velho – e recebemos como herança esses 35 camelos. Segundo a vontade expressa de meu pai, devo receber a metade, o meu irmão Hamed Namir uma terça parte, e, ao Harim, o mais moço, deve tocar apenas a nona parte. Não sabemos, porém, como dividir dessa forma 35 camelos, e, a cada partilha proposta segue-se a recusa dos outros dois, pois a metade de 35 é 17 e meio. Como fazer a partilha se a terça e a nona parte de 35 também não são exatas?
- É muito simples – atalhou o Homem que Calculava.
– Encarrego-me de fazer com justiça essa divisão, se permitirem que eu junte aos 35 camelos da herança este belo animal que em boa hora aqui nos trouxe!
Neste ponto, procurei intervir na questão:
- Não posso consentir em semelhante loucura! Como poderíamos concluir a viajem se ficássemos sem o camelo?
- Não te preocupes com o resultado, ó Bagdali! – replicou-me em voz baixa Beremiz – Sei muito bem o que estou fazendo. Cede-me o teu camelo e verás no fim a que conclusão quero chegar.
Tal foi o tom de segurança com que ele falou, que não tive dúvida em entregar-lhe o meu belo jamal,2 que imediatamente foi reunido aos 35 ali presentes, para serem repartidos pelos três herdeiros.
- Vou, meus amigos – disse ele, dirigindo-se aos três irmãos -, fazer a divisão justa e exata dos camelos que são agora, como vêem em número de 36.
E, voltando-se para o mais velho dos irmãos, assim falou:
- Deverias receber meu amigo, a metade de 35, isto é, 17 e meio.
Receberás a metade de 36, portanto, 18. Nada tens a reclamar, pois é claro que
saíste lucrando com esta divisão.
E, dirigindo-se ao segundo herdeiro, continuou:
- E tu, Hamed Namir, deverias receber um terço de 35, isto é 11 e pouco.
Vais receber um terço de 36, isto é 12. Não poderás protestar, pois tu também
saíste com visível lucro na transação.
E disse por fim ao mais moço:
E tu jovem Harim Namir, segundo a vontade de teu pai, deverias receber uma nona parte de 35, isto é 3 e tanto. Vais receber uma nona parte de 36, isto é 4. O teu lucro foi igualmente notável. Só tens a agradecer-me pelo resultado!
E concluiu com a maior segurança e serenidade:
- Pela vantajosa divisão feita entre os irmãos Namir – partilha em que todos três saíram lucrando – couberam 18 camelos ao primeiro, 12 ao segundo e 4 ao terceiro, o que dá um resultado (18+12+4) de 34 camelos. Dos 36 camelos, sobram, portanto, dois.
Um pertence como sabem ao bagdáli, meu amigo e companheiro, outro toca por direito a mim, por ter resolvido a contento de todos o complicado problema da herança!
- Sois inteligente, ó Estrangeiro! – exclamou o mais velho dos três irmãos.
– Aceitamos a vossa partilha na certeza de que foi feita com justiça e equidade!
E o astucioso Beremiz – o Homem que Calculava – tomou logo posse de um dos mais belos “jamales” do grupo e disse-me, entregando-me pela rédea o animal que me pertencia:
- Poderás agora, meu amigo, continuar a viajem no teu camelo manso e seguro! Tenho outro, especialmente para mim!
E continuamos nossa jornada para Bagdá.

Este é o capitulo 3 do Livro "O homem que calculava", sugiro esta leitura!

Fotógrafo fica "cara a cara" com grande predador antártico


Grande foca-leopardo mostrou os dentes para câmera de biólogo enquanto se alimentava de um pinguim na Antártida Foto: Gizmodo Grande foca-leopardo mostrou os dentes para câmera de biólogo enquanto se alimentava de um pinguim na Antártida

Um biólogo e fotógrafo da revista National Geographic que, há 20 anos registra imagens nas regiões polares da Terra, ficou frente a frente com uma foca-leopardo, grande predador da Antártida que pode atingir mais de 3,6 m de comprimento e até 600 kg. Apesar de ser longe de um animal dócil - a espécie se alimenta de pinguins e outras focas, tendo apenas a baleia orca acima na cadeia alimentar -, Paul Nicklen conseguiu obter uma série de fotografias a poucos centímetros do exemplar enquanto ele devorava um pequeno pinguim.
A cabeça do animal tinha o dobro do tamanho da cabeça de um urso cinzento e deixou o alimento de lado no momento em que notou a aproximação do fotógrafo. "Então uma coisa fantástica aconteceu: ela saiu, pegou um pinguim vivo, retornou e começou a dar o animal para eu comer. Ela soltava esses pinguins vivos, o pinguim disparava para longe, e ela olhava aborrecida enquanto passava por mim. Fez isso várias e várias vezes", contou surpreso o especialista.
"Fui à Antártida para fotografar um animal potencialmente selvagem e, no final, conheci um grande predador, tentando me alimentar. Foi a experiência mais incrível que eu já tive", explicou Nicklen. As aventuras do biólogo também estão registradas no livro "Polar Obsession" ("Obsessão Polar", na tradução do inglês).

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Um exemplo para o Rio

Projeto olímpico deveria se espelhar na preparação de Chicago para grande exposição no século 19




Assim que a poeira baixar, a sociedade e as autoridades cariocas terão que se preparar – e preparar a cidade – para as Olimpíadas de 2016. Se há algum consenso hoje sobre o assunto, é que a tarefa não será nada fácil, e as sugestões e críticas já vêm povoando os veículos de comunicação. Justamente por isso, aproveito a coluna deste mês para deixar aqui uma singela contribuição: a leitura do livro The devil in the white city: murder, magic and madness at the Fair that changed America (O demônio na cidade branca: assassinato, magia e loucura na Exposição que mudou os Estados Unidos), de Erik Larson (Vintage Books).




Capa do livro O demônio na cidade branca: assassinato, magia e loucura na Exposição que mudou os Estados Unidos, de Erik Larson.

O livro conta a história da preparação da cidade de Chicago (logo Chicago!) para a Exposição Universal de 1893, tanto do ponto de vista urbanístico quanto da arquitetura. A exposição foi organizada para comemorar os 400 anos da chegada de Cristóvão Colombo às Américas (era para ter sido em 1892, mas acabou sendo só no ano seguinte).

O demônio em questão – responsável pelas melhores partes do livro – é um destemido serial killer, que aproveitou a efervescência da cidade para dar golpes, enriquecer e assassinar moças indefesas, todas vindas do interior atraídas por melhores oportunidades de vida na cidade. Esta, aliás, desde o anúncio de que seria a escolhida para a realização da exposição – Chicago concorria com Nova York – passou a receber milhares de pessoas, interessadas em qualquer tipo de atividade que a cidade passasse a oferecer. Esse clima e as ilusões de enriquecimento fácil e amor eterno formaram o cenário perfeito para a atuação de H.H. Holmes, que em sua confissão declarou que nasceu com o demônio dentro de si, tanto quanto um poeta nasce com inspiração para escrever.

Mas não é por isso que talvez não seja má ideia que o prefeito leia esse livro. Aliás, por um lado, podemos dizer que sim, já que a segurança da população carioca – a do asfalto e a da favela – será um dos maiores desafios das Olimpíadas. Porém, o interessante aqui é pensar como a Exposição Universal realmente transformou Chicago.

Vitrines da modernidade
As Exposições Universais foram criadas no século 19 como símbolo do mundo moderno, como a própria concretização da ideia de progresso, como vitrines do que havia de mais importante no mundo das artes, da tecnologia, da arquitetura e da ciência. Mas também serviam para divulgar as inovações tecnológicas e os produtos industriais, que passavam, aos poucos, a ser vendidos em grandes lojas de departamentos, no clima da expansão dos mercados consumidores nos quatro cantos do mundo.

Ao divulgar novos equipamentos, as exposições ajudaram sobretudo a criar novas necessidades de consumo. É famoso no Brasil, por exemplo, o comentário de Pedro II, que, ao ouvir a voz metálica de Thomas Edison ao telefone, teria dito: My God, it speaks! (Meu Deus, isto fala!). Pois é, isso aconteceu na Exposição Universal de 1876, na Filadélfia. Quem podia imaginar o tamanho do mercado consumidor criado com a invenção do telefone?

O caso da Exposição Universal de Chicago não seria diferente. Antecedida pela de Paris, em 1889, ela tinha a responsabilidade de ser ainda mais grandiosa do que o evento que apresentou ao mundo nada menos do que a Torre Eiffel, até hoje símbolo da cidade, além de ter sido incomparável na construção de grandes pavilhões em ferro e vidro. Em Chicago, ainda havia a tarefa adicional de recuperar a região de Jackson Park, uma parte absolutamente desolada da cidade, então conhecida como Black City (cidade negra).




Vista aérea de Chicago durante a Exposição Universal de 1893. A cidade se transformou tanto do ponto de vista urbanístico quanto da arquitetura e recebeu grandiosas construções.


De acordo com o relato de Larson, os problemas foram de toda sorte: práticos, financeiros e políticos. Para se ter uma ideia, o terreno, muito alagadiço, não aguentava o peso de tantos prédios; a estrutura inicial dos edifícios era tão frágil que, um dia, os operários chegaram para trabalhar e encontraram todos os telhados destruídos pelo vento; e o orçamento estabelecido nunca acompanhava, como é de praxe, as reais necessidades da obra. A três meses da inauguração da exposição, quem passasse pelo local não conseguiria deixar de sentir apreensão. Parecia que nada ficaria pronto a tempo.

Construções monumentais



A primeira roda-gigante, inventada por George Washington Gale Ferris, foi apresentada ao mundo durante a Exposição Universal de Chicago (foto: Wikimedia Commons).

No entanto, apesar dos percalços, a Exposição Universal de Chicago aconteceu. Se não fosse lembrada por mais nada, o seria pela invenção da Ferris Wheel, nada menos que a roda-gigante, engenhoca gigantesca criada por George Washington Gale Ferris para suplantar a grandiosidade da Torre Eiffel. Mas não foi apenas isso. Tendo recebido 27 milhões de visitantes (na época metade da população norte-americana) em seis meses, a exposição transformou – e para melhor – a cidade de Chicago.

Bem de acordo com o espírito da época, foram construídos arranha-céus, grandes parques, vias expressas, pavilhões e espelhos d’água. Já no início do século 20, as modificações urbanas da década anterior se refletiram em áreas de zoneamento e em subúrbios planejados. Um dos resultados foi justamente o movimento City Beautiful (cidade bonita) – do qual Chicago foi um dos berços –, que visava aliar a monumentalidade das grandes cidades, expressas nas Exposições Universais, a melhores condições de vida para seus habitantes, o que, por sua vez, seria um fator fundamental para a construção de uma ordem social mais harmoniosa.

Hoje os tempos são outros. Certamente as Olimpíadas do Rio não terão a monumentalidade dos eventos que marcaram a passagem do século 19 para o 20 – e nem devem ter. Esperemos também que a agonia vivida pelos habitantes de Chicago a três meses da exposição não seja revivida aqui. Mas bem que as Olimpíadas do Rio poderiam ficar conhecidas no futuro como o marco da realização de um novo pacto da ordem social carioca, responsável por fazer da Cidade Maravilhosa uma City Beautiful dos trópicos.

Em tempo: O Rio de Janeiro também teve sua Exposição Universal, em 1922, para comemorar o Centenário da Independência do Brasil. Prédios magníficos foram construídos para a ocasião, dos quais não sobrou quase nada. Um bom exemplo do que não deve acontecer depois de 2016.


Keila Grinberg
Departamento de História
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro
09/10/2009

Quebra cuca

Eu, Tu e Ele... Fomos comer no restaurante e no final a conta deu R$30,00.
     Fizemos o seguinte: cada um deu dez reais...  Eu: R$ 10,00,  Tu: R$ 10,00 e Ele: R$ 10,00
   O garçom levou o dinheiro até o caixa e o dono do restaurante disse o
seguinte:
    Esses três são clientes antigos do restaurante então vou devolver R$5,00 para eles!
    E entregou ao garçom cinco notas de R$ 1,00.
    O garçom, muito esperto, fez o seguinte: pegou R$  2,00 para ele e deu
R$1,00 para cada um de nós.
    No final ficou assim:
    Eu: R$ 10,00 -R$1,00 que foi devolvido = Eu gastei R$9,00.
    Tu: R$ 10,00 -R$1,00 que foi devolvido = Tu gastaste R$9,00.
    Ele:R$ 10,00 -R$1,00 que foi devolvido = Ele gastou R$9,00.
    Logo, se cada um de nós gastou R$ 9,00, o que nós três gastamos juntos foi R$ 27,00.
    E se o garçom pegou R$2,00 para ele, temos:
    Nós:      R$ 27,00
    Garçom: R$   2,00
    TOTAL: R$ 29,00

    Pergunta-se: Onde foi parar o outro R$1,00?

domingo, 8 de novembro de 2009

As 10 mais importantes invenções e descobertas da ciência

Claudio R S Pucci
Para comemorar seu centenário este ano, o Museu de Ciências de Londres resolveu promover uma pesquisa entre seus freqüentadores e internautas para criar uma lista das 10 maiores invenções e descobertas da ciência nestes seus 100 anos de existência. Foram mais de 50.000 votos e o grande campeão, anunciado há duas semanas, foi o raio X, arrebentando 1/5 das pessoas votantes e surpreendendo até mesmo os organizadores. Confira abaixo a lista completa e seu impacto na história do mundo:
1.O Raio X: o alemão Wilhelm Conrad Röntgen é considerado o grande inventor do raio-X (apesar de outros cientistas terem estudado seus efeitos antes e depois da descoberta), uma forma de radiação eletromagnética que pode penetrar em objetos sólidos e que passou a permitir que diagnósticos médicos fossem mais acurados, não se baseando apenas em sintomas e cirurgias.
O que surgiu daí: a tecnologia evoluiu com a tomografia, ressonância magnética e outras formas de se examinar o corpo de um paciente sem uma invasão cirúrgica. O próximo passo são máquinas para ler o pensamento e gravar até mesmo sonhos.
2.A Penicilina: o primeiro dos antibióticos, descoberto por acidente pelo escocês Alexander Flemming em 1928 (embora seja mais um caso onde haviam estudos anteriores), foi um verdadeiro marco na história da medicina, já que passou a salvar incontáveis vidas de várias doenças infecciosas.
O que surgiu daí: a medicina criou novos antibióticos, cada vez mais fortes, contra vírus cada vez mais resistentes. Atualmente as pesquisas focam nas células-tronco, que poderiam desenvolver novas células no corpo do paciente, fazendo crescer músculos, nervos etc.
3.A dupla espiral do DNA: a belíssima estrutura do DNA foi creditada aos cientistas Francis Crick e James Watson em 1953 (há controvérsias sobre quem foi realmente o pai ¿ ou a mãe ¿ desta descoberta), e foi aí que o mundo pode conhecer o código da vida neste planeta.
O que surgiu daí: a engenharia genética cresceu muito nos últimos 50 anos chegando à discussão da ética em se "copiar" seres vivos. A brincadeira do Jurrasic Park , de se criar a vida através de um DNA, pode vir a se tornar realidade no futuro.
4. A Apolo 11: há 40 anos quando aqueles três homens conseguiram o feito de pisar no satélite natural da Terra e voltar para contar a história, estavam realizando um sonho da humanidade que povoou a mente de escritores (como Júlio Verne) e cientistas por séculos.
O que surgiu daí: os programas espaciais estão meio que de volta à prancheta de desenho e ainda existem promessas de se mandar o homem para Marte ou para algum asteróide no espaço. E, para quem tem muito dinheiro para gastar, já existem as viagens "turísticas" pelo espaço.
5.Os foguetes V-2: é estranho que uma arma de destruição inventada pelos nazistas para bombardear Londres da costa da França entre nesse ranking, mas foi daí que os programas espaciais russo e americano se originaram. E os mísseis balísticos também.
O que surgiu daí: a tecnologia militar vai de vento em popa com mísseis inteligentes (que erram o alvo), fazendo fortuna para certas empresas e algumas famílias que presidiram a Casa Branca.
6.A locomotiva Rocket: ela não foi a primeira locomotiva do mundo e sim a primeira locomotiva a vapor moderna da humanidade, desenvolvida pelo inglês George Stephenson. Seu design foi usado por mais de 150 anos e a locomoção entre grandes distâncias nunca mais foi a mesma.
O que surgiu daí: os trens mudaram tornando-se elétricos, depois vieram o metrô, trens-bala e agora sendo testado em Heathrow, na Inglaterra, cápsulas pessoais sem motorista.
7.O computador Pilot Ace: foi um dos primeiros computadores desenvolvidos na Inglaterra no início dos anos 50, desenvolvido pela National Physical Laboratory. Além de conseguir fazer mais de uma atividade ao mesmo tempo (o que era um avanço na época), foi durante um período, o computador mais rápido do mundo.
O que surgiu daí: segundo o vídeo Did You Know, sucesso na internet há algum tempo, até 2013 teremos computadores que superarão a capacidade de processamento do cérebro humano e até 2049, de toda a população terrestre. E Bill Gates estará mais rico com isso.
8.A máquina a vapor: desde o primeiro século AD que a utilização de vapor para movimentar máquinas aparece na escrita científica mas foi no século 19 que se transformou em eficiente realidade, dando início à Revolução Industrial, ao aparecimento das fábricas e futuramente à poluição.
O que surgiu daí: a troca do carvão por combustíveis orgânicos como petróleo acarretou nos problemas de aquecimento global e mudanças no clima, mas novas formas de energia limpas estão sendo estudadas como eólica, solar e até mesmo o uso seguro de energia nuclear.
9.Ford modelo T: se você odeia congestionamento, culpe Ford. Se faz parte de algum sindicato também. Foi ele que ao mesmo tempo motorizou um país todo (e posteriormente a moda pegou no resto do planeta) e ainda criou as linhas de produção em massa, mudando a manufatura e as relações trabalhistas para sempre.
O que surgiu daí: a produção em massa ainda dita as regras de todos os tipos de indústria, com parte da mão-de-obra sendo substituída por robôs e braços mecânicos. Já nos carros, as empresas investem em estudos de modelos "verdes", livrando-se da dependência do petróleo.
10.O telégrafo: imagine o que era se comunicar com algum lugar distante há 200 anos. Você tinha que esperar semanas (e até mesmo meses) para receber uma resposta através de uma carta. O telégrafo elétrico foi desenvolvido na Inglaterra em 1837 por Sir William Fothergill Cooke e Sir Charles Wheatstone. Coincidentemente no mesmo ano, nos EUA, Samuel Morse criava a sua versão. E as relações humanas nunca mais foram as mesmas.
O que surgiu daí: primeiro foi o telefone, depois o fax e hoje a internet conecta seres humanos de lugares completamente opostos no globo terrestre. Uma vez que 3/4 do planeta ainda não está online, então a potencialidade da comunicação ainda é enorme.

Apêndice é desnecessário, mas útil

Apêndice é desnecessário, mas útil
Servir de depósito de alimentos e de microrganismos digestivos benignos pode ter sido um papel secundário do apêndice, pelo menos no início da evolução
por Christine Soares
Scott Camazine Photo Researchers, Inc

Muitas pessoas acreditam que ele só serve para manter os cirurgiões ocupados. Leonardo da Vinci acreditava que ele seria uma saída para “excesso de vento”, evitando que o intestino explodisse. A ideia do grande artista e anatomista pode não ser tão absurda, pois o apêndice humano parece ter se originado numa época em que os primatas eram completamente vegetarianos, com dificuldades de digerir tanta fibra.

A parte do intestino, formalmente conhecida como apêndice vermiforme, é uma cavidade oca, alongada e estreita, com uma extremidade fechada. Deriva do ceco, uma bolsa no início do intestino grosso, que recebe alimentos parcialmente digeridos despejados do intestino fino. Quando os alimentos param no beco sem saída ─ o ceco ─, microrganismos benéficos ao intestino ajudam a triturá-los ainda mais. Alguns animais herbívoros como coelhos e coalas têm um apêndice maior, onde vivem bactérias especializadas em digerir celulose que executam a mesma função.

No entanto, vários animais que se alimentam de plantas, incluindo os macacos, não têm apêndice, e precisam de um ceco mais longo para triturar os vegetais. Como o apêndice parece ser opcional, mesmo entre primatas, os biólogos não podem simplesmente inferir que o nosso seja uma herança regredida de um ancestral comum com os coelhos. Ao contrário, o apêndice de primatas e os apêndices de outros mamíferos herbívoros parecem ter evoluído independentemente como extensões do ceco – talvez com as mesmas finalidades digestivas – mas o apêndice humano perdeu sua função há muito tempo.

Servir de depósito de alimentos e de microrganismos digestivos benignos, no entanto, pode ter sido um papel secundário do apêndice, pelo menos no início da evolução. Seu revestimento interno é rico em células imunes que monitoram o ambiente intestinal. Nas primeiras semanas de vida, o intestino dos bebês é povoado pelos habituais micro-organismos saudáveis e complementares simbióticos, o apêndice pode ser um centro de treinamento para ajudar células imunes a aprender a identificar patógenos e tolerar microrganismos prejudiciais. Se o apêndice ainda não tiver sido removido até a idade adulta, a abertura da cavidade se fecha completamente em algum momento na meia-idade. Mas nessa época sua finalidade já foi cumprida.

Para meus alunos

Este blog tera como objetivo principal disponibilizar a meus alunos, textos que muitas vezes cito e/ou comento em sala de aula e que sempre fico "devendo esse texto" para eles.
então tentarei disponibiliza-los aqui!
Beijos e abraços mil!

multi 1 ano

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