sábado, 27 de novembro de 2010

O voo da serpente

Agência FAPESP – Para quem tem ofidiofobia, a perspectiva de encontrar serpentes não no chão, rastejando, mas “voando” por sobre suas cabeças, está longe de ser das melhores. Mas é o que ocorre com algumas espécies encontradas no Sudeste Asiático, que são capazes de se deslocar pelo ar, de uma árvore a outra, ou das árvores para o solo. Cientistas da Virginia Tech, nos Estados Unidos, analisaram os mecanismos por trás da inusitada capacidade dessas espécies e apresentaram os resultados em encontro da American Physical Society Division of Fluid Dynamics (DFD), na Califórnia, nesta segunda-feira (22/11).
O grupo registrou em vídeo os deslocamentos pelo ar de exemplares da Chrysopelea paradisi, que se atiraram do alto de uma torre de 15 metros de altura até o chão.
Os registros foram feitos com quatro câmeras instaladas em pontos diferentes, o que permitiu aos cientistas fazer uma reconstrução em três dimensões das posições do corpo do animal enquanto planava.
A análise da dinâmica de movimentos e das forças atuantes indicou que o réptil, apesar de se deslocar no ar por uma distância considerável com relação à dimensão de seu corpo, não atinge um estágio de equilíbrio com relação ao próprio movimento.
Ou seja, não chega a um ponto em que as forças geradas por seu corpo ondulado se contrapõem exatamente à força que puxa o animal para baixo, o que faria com que se movesse em velocidade e angulação constante. Por outro lado, a serpente também não cai simplesmente no chão.
“Em vez disso, ela é empurrada para cima, mesmo que se mova para baixo, porque o componente para cima da força aerodinâmica é maior do que o peso do animal”, disse Jake (John) Socha, um dos autores do estudo. O trabalho também será publicado na revista Bioinspiration and Biomimetics.
“Hipoteticamente, isso significaria que, se a serpente continuasse com esse deslocamento, acabaria mesmo se movendo para cima, o que seria algo ainda mais impressionate. Mas nosso estudo aponta que o efeito é apenas temporário e que a serpente acaba chegando ao chão após o deslocamento”, disse.
O artigo Non-equilibrium trajectory dynamics and the kinematics of gliding in a flying snake, de John J. Socha, poderá ser lido por assinantes da Bioinspiration and Biomimetics em ??
Mais informações: http://iopscience.iop.org/1748-3190

Chineses conseguem armazenar dados em DNA. Seu próximo HD pode ser 1 g de bactéria!

Pensando em solucionar o problema de limite de espaço em disco rígido, estudantes inseriram 90GB de dados em 1 grama de célula
O objetivo de inserir mais e mais dados em espaços menores continua, mas tanto os materiais quando as técnicas atuais têm seus limites. E foi olhando para uma bactéria que pesquisadores da Universidade Chinesa de Hong Kong descobriram uma saída para o avanço no armazenamento de dados.
A equipe já conseguiu armazenar 90GB de dados em 1 grama de células e também desenvolveu um sistema de armazenamento que realiza a criptografia de dados por meio do DNA. Um sistema pega os dados originais e os transforma em números e, então, os codifica em uma sequência de DNA. Esse processo também comprime dados para permitir mais espaço de armazenamento na mesma sequência de DNA.
Os testes ainda estão em andamento, mas o time de pesquisadores já provou que pode converter os dados e armazená-los no DNA e retirá-los de volta sem perder qualquer informação. Eles também acreditam que outros dados como imagens, texto, música ou vídeo, podem ser armazenados com este método. O próximo passo é começar a inserção de códigos de barras em organismos sintéticos como uma forma de distinguir os sintéticos dos naturais.

Pesquisadores desenvolvem chip para exercitar músculos paralisados

Sistema pode ajudar vítimas de paralisia a recuperar algumas funções motoras através de impulsos elétricos

Um grupo de pesquisadores ingleses do Physical Sciences Research Council, da Universidade de Londres, desenvolveu um novo chip que pode ser implantado em pessoas com paralisia, de acordo com o site Engadget. O chip pode auxiliar essas pessoas a exercitarem os músculos com mais facilidade para acelerar o processo de recuperação de lesões nervosas.

O chip possui o tamanho de uma unha do dedo de uma criança e deve ser implantado na espinha do paciente e conectado com eletrodos ao músculo para ser estimulado. A diferença desse novo sistema é que o implante é feito internamente, diferente das terapias usadas hoje em dia.

O sistema deve gerar energia o suficiente para realizar atividades como remo ou ciclismo. Além disso, a terapia pode ser usada para pessoas que perderam o controle dos músculos da bexiga ou dos movimentos intestinais.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Procurando (ajuda para) Nemo: peixe pode sumir


Pesquisa no Canadá afirma que gás causa desorientação em peixe-palhaço
Em 2003, a história de um peixinho perdido sendo procurado por seu pai comoveu multidões. Procurando Nemo foi um sucesso e, desde então, o peixe-palhaço (espécie de Nemo e seu pai) volta e meia vira notícia por ser objeto de pesquisas sobre degradação ambiental. A última do peixe-palhaço é igualmente sem graça: ele é sensível a mudanças bruscas do clima, conforme constataram pesquisadores australianos e canadenses da Universidade de Saskatchewan, no Canadá.
Os resultados do estudo foram publicados no periódico científico Proceedings of the National Academy of Science (PNAS). Ao observar o comportamento das larvas desse peixe e o aumento da acidez nos mares e oceanos, os fizeram um cruzamento de informações e concluíram que as larvas perdem a capacidade de orientação, tornando-se alvo fácil de predadores. Para piorar a situação, elas ficam sozinhas quando o mar está nessas condições. Os adultos migram para outras regiões onde podem respirar com mais facilidade. E a água tem se tornado mais ácida devido à presença de um vilão do meio ambiente chamado gás carbônico, vulgo CO2.
Mar de problemas
A acidez elevada não é o único problema a ameaçar o peixe-palhaço. As altas temperaturas têm enfraquecido os corais, habitat dessa espécie, que, como o Terra já noticiou, entram em um estado vegetativo e perdem as algas que os revestem – de modo que deixam de ter cor, morrendo rapidamente.
Outro agravante dos altos índices de acidez é que, com o ph fora de seus padrões normais, há uma diminuição na quantidade de cálcio. O elemento é fundamental para o crescimento e desenvolvimentos dos corais. A pesquisa consistiu em uma análise comparativa, por meio da aplicação de CO2 na água, aumentando a quantidade aos poucos, buscando simular os efeitos do elemento ao longo dos anos.
Andrés Bruzzone Comunicação

multi 1 ano

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