segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Procurando (ajuda para) Nemo: peixe pode sumir


Pesquisa no Canadá afirma que gás causa desorientação em peixe-palhaço
Em 2003, a história de um peixinho perdido sendo procurado por seu pai comoveu multidões. Procurando Nemo foi um sucesso e, desde então, o peixe-palhaço (espécie de Nemo e seu pai) volta e meia vira notícia por ser objeto de pesquisas sobre degradação ambiental. A última do peixe-palhaço é igualmente sem graça: ele é sensível a mudanças bruscas do clima, conforme constataram pesquisadores australianos e canadenses da Universidade de Saskatchewan, no Canadá.
Os resultados do estudo foram publicados no periódico científico Proceedings of the National Academy of Science (PNAS). Ao observar o comportamento das larvas desse peixe e o aumento da acidez nos mares e oceanos, os fizeram um cruzamento de informações e concluíram que as larvas perdem a capacidade de orientação, tornando-se alvo fácil de predadores. Para piorar a situação, elas ficam sozinhas quando o mar está nessas condições. Os adultos migram para outras regiões onde podem respirar com mais facilidade. E a água tem se tornado mais ácida devido à presença de um vilão do meio ambiente chamado gás carbônico, vulgo CO2.
Mar de problemas
A acidez elevada não é o único problema a ameaçar o peixe-palhaço. As altas temperaturas têm enfraquecido os corais, habitat dessa espécie, que, como o Terra já noticiou, entram em um estado vegetativo e perdem as algas que os revestem – de modo que deixam de ter cor, morrendo rapidamente.
Outro agravante dos altos índices de acidez é que, com o ph fora de seus padrões normais, há uma diminuição na quantidade de cálcio. O elemento é fundamental para o crescimento e desenvolvimentos dos corais. A pesquisa consistiu em uma análise comparativa, por meio da aplicação de CO2 na água, aumentando a quantidade aos poucos, buscando simular os efeitos do elemento ao longo dos anos.
Andrés Bruzzone Comunicação

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