domingo, 3 de maio de 2015

Deu Branco!!! Por que temos lapsos de memória?

Atire a primeira pedra quem nunca "teve um branco" em um momento importante. A cantora Vanusa sabe bem como é esquecer algo que sabia de cor.  É a segunda vez que a cantora vira assunto nacional após não lembrar de uma letra no palco. Primeiro foi o hino nacional, que muita gente não conhece mesmo, mas desta vez, a música esquecida foi "Sonhos de um palhaço", composta pelo seu ex-marido Antônio Marcos e há anos em seu repertório.

Vanusa, em entrevista à Revista Época, disse que o problema de memória aconteceu devido ao uso de remédios. Mas muitas pessoas que não tomam remédios já passaram por situações semelhantes. "Os famosos 'brancos' são mais comuns no início de alguma coisa, alguma ação. A maioria das pessoas reclama de esquecerem nomes, por exemplo. A Vanusa teve um branco no meio de alguma coisa que já estava acontecendo, fato mais incomum”, diz Ana Alvarez, doutora em ciências pela USP e autora do livro "Deu Branco" (Ed. Record).
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A especialista explica que o lapso de memória, em qualquer caso, acontece por uma falha na sinapse, o processo de passagem da informação de um neurônio a outro. "Em uma região do cérebro chamada hipocampo, a ação de substâncias neurotransmissoras pode causar uma redução dos dendritos, um prolongamento do neurônio responsável pela recepção de estímulos nervosos", explicou.
As causas para essa falha da sinapse é que variam. "Os agentes que bloqueiam a transmissão de informações podem ser liberados por uma doença; depressão; o uso de alguns medicamentos, como ansiolíticos e de pressão; falta de vitaminas; estresse; ansiedade e até a falta de reposição hormonal, quando é indicada para tratamento de menopausa”, diz a especialista. O branco que muitos estudantes reclamam ter nas horas de prova, no entanto, pode ser diferente. "Muitas vezes eles confundem ler com estudar e por isso acham que estão se esquecendo".
O estresse contínuo é uma das principais causas do esquecimento das coisas, segundo a autora. "Como estressado quero dizer pessoas que têm preocupações frequentes, pensamentos obsessivos, alimentam-se e dormem mal, sob uma carga muito alta de informações. Os procrastinadores, aqueles que sempre deixam as tarefas para depois, sabem disso e ficam angustiadas, também convivem com grande carga de estresse", disse a Ana Alvarez a Galileu.
Segundo a especialista, quanto mais rápido o poder de decisão da pessoa, menos ela tende a sofrer com o branco, já que não adia muito os problemas e tende a carregar as situações de estresse por menos tempo.
A prevenção para os lapsos de memória inclui evitar situações de estresse continuado, dormir bem, fazer atividades físicas, e até comer melhor. "A vitamina B é essencial para manter nossa memória em ordem, e uma carga de estresse, ansiedade ou depressão muito alta pode acabar com nossas reservas desta substância", diz Ana.
Faça testes para saber se você deve se preocupar com suas faltas de memória no site de Ana Alvarez, doutora em ciências pela USP e autora do livro "Deu Branco" (Ed. Record)

Memória

Esquecer um número de telefone, o que almoçou na semana passada ou onde anotou um endereço importante é normal. Entretanto, colocar a culpa desses esquecimentos na memória nem sempre está correto. Muitas vezes o problema é a falta de atenção.

Memória“A memória é uma forma de registrar informações, como se fosse um arquivo e, como todo processo de arquivamento, exige atenção”, define dr. Fábio Nasri, médico do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE).
No livro Questões sobre memória, o médico Iván Izquierdo, do Centro de Memória da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), define memória como a aquisição, conservação e evocação de informações. O aprendizado é a aquisição dos dados e as lembranças são a evocação do que foi armazenado; logo, o esquecimento é a falta de evocação.
Para absorver e registrar informações que possam ser lembradas é preciso estar atento. As informações absorvidas com atenção são julgadas como úteis pelo cérebro e, por isso, armazenadas.

Mecanismos de funcionamento

A memória é um processo complexo que utiliza os cinco sentidos para captar informações e envolve diferentes habilidades e estágios. Falhas em qualquer uma das etapas pode resultar na perda da informação.
  • Atenção: habilidade de estar atento para absorver as informações.
  • Registro / Codificação: registro inicial da informação, assim que é recebida pelo cérebro. Nesse estágio é determinado se o dado será armazenado ou não e isso vai depender da atenção despendida e do quanto a informação é significativa.
  • Armazenamento: se a informação foi registrada, ficará armazenada na memória de longo prazo.
  • Consolidação: processo de utilização da informação que foi armazenada. Caso um dado não seja utilizado com frequência, será descartado pelo cérebro.
  • Evocação / Lembrança: resgate da informação, seja voluntariamente ou porque se fez necessária em algum momento.

A cada informação, uma memória.

É possível classificar a memória de duas formas.

De acordo com a duração da informação:

  • Memória de trabalho
    Estágio inicial que depende da atenção, dura pouco tempo depois de terminado o evento a que se refere. É utilizada para guardar um número de telefone enquanto está sendo discado. Logo depois, o número é descartado pelo cérebro.
  • Memória de curta duração ou recente
    O cérebro armazena a informação tempo suficiente para que ela seja utilizada – isso pode corresponder a minutos, horas e até dias. A informação guardada pode ser algo lido no jornal, por exemplo.
  • Memória de longa duração
    Responsável pela lembrança de episódios ou fatos que aconteceram no passado, também é chamada de memória autobiográfica.

De acordo com o conteúdo da informação ou a função:

  • Memória prospectiva
    Dá a capacidade de lembrar o que deve ser feito no futuro e exige planejamento. Com essa memória é possível saber que há uma reunião marcada para as sete horas.
  • Memória verbal
    Lembrança de eventos que envolvem palavras como, por exemplo, uma história contada por alguém ou a letra de uma música.
  • Memória Visual
    Utilizada para lembrar de figuras ou imagens.
  • Memória de procedimento
    Envolve a lembrança de um procedimento associado a uma habilidade motora ou hábito, como andar de bicicleta, nadar ou dirigir.

Falhas frequentes

Em geral, os problemas de memória começam a se apresentar depois dos 60 anos. Nas pessoas mais jovens, as falhas frequentes estão relacionadas a outros problemas, como distúrbios do sono ou déficit de atenção. “Quem dorme mal, pode mostrar-se mais irritado e com menor capacidade de concentração durante o dia, o que vai incidir diretamente na memória”, explica Camila Prade, neuropsicóloga do Centro de Reabilitação do HIAE.
Segundo a neuropsicóloga, a atenção é uma das funções mentais mais atingidas em casos de estresse, depressão, ansiedade e fadiga e, por consequência, os problemas começam a aparecer na memória. “Quando lidamos com muitas informações, nosso cérebro prioriza algumas e descarta outras, assim detalhes como ‘onde está a chave do carro’ podem ser esquecidos e confundidos com problemas de memória”, completa.

Doenças degenerativas

Desde o nascimento, o ser humano perde e repõe neurônios – células nervosas responsáveis pela produção e condução dos estímulos. Com o envelhecimento, a capacidade de reposição dessas células diminui. “Os resultados são as primeiras falhas de memória, como o esquecimento de fatos recentes e nomes”, explica o dr. Nasri.
Nas pessoas mais jovens, as falhas estão relacionadas a problemas, como distúrbios do sono ou déficit de atenção
O aumento da expectativa de vida acarretou mais casos de doenças degenerativas cerebrais. A principal delas é o mal de Alzheimer, o tipo mais frequente de demência, caracterizado pela perda progressiva das funções intelectuais.
Segundo o dr. Nasri, os primeiros sinais da doença se manifestam por meio da perda de memória. Os familiares devem estar atentos quando o idoso passa a esquecer nomes e fisionomias com muita frequência, além de compromissos e datas. Outros sinais são falta de assunto e iniciativa, incapacidade de manter um diálogo e respostas monossilábicas.

Memória afiada

Para manter a memória saudável e eficaz é preciso começar a treinar desde cedo. E não basta ler livros ou jornais, é preciso também dialogar, expor opiniões. “Durante a atividade argumentativa, o cérebro é requisitado para opinar e replicar, assim a argumentação é fundamental para a memória. Ao ler um livro, a pessoa pode apenas guardar a informação sem discuti-la, o que não tem o mesmo efeito no cérebro”, afirma o geriatra.
Algumas orientações para quem quer manter a memória afiada:
  • Alimentação saudável, com baixo teor de gordura para prevenir doenças vasculares;
  • Prática de atividades físicas;
  • Estilo de vida menos estressante;
  • Boa qualidade de sono;
  • Estímulo da atividade mental com hobbies e leituras;
  • Organização de compromissos;
  • Intervalos frequentes entre as atividades para garantir melhor nível de concentração.

Tratamentos

Quando as falhas na memória tornam-se frequentes e passam a atrapalhar seriamente o cotidiano, é preciso buscar a ajuda de um especialista. Não é possível prevenir os problemas de memória com medicação, mas já existem medicamentos que atrasam a evolução de doenças degenerativas.“Nos próximos cinco anos teremos novidades em remédios para os problemas de memória, um dos males mais pesquisados hoje ”, afirma o dr. Nasri.
O Hospital Israelita Albert Einstein oferece uma avaliação neuropsicológica, muito importante no diagnóstico dos problemas que podem levar a falhas de memória. “Trata-se de um exame que investiga o funcionamento mental por meio de testes relativos às várias funções, como atenção e raciocínio lógico”, explica Camila Prade.
O tratamento é feito por meio da reabilitação neuropsicológica, que treina as funções afetadas e visa criar novas estratégias para compensar as funções prejudicadas. “Utilizamos estratégias compensatórias bastante eficazes, como o treinamento para uso de agenda”, explica a neuropsicóloga. A família também recebe orientação para aprender a conviver com as novas limitações do paciente.
Publicada em abril/2007

7 fatores que podem te levar à perda de memória recente

 30 de setembro de 2014
Por Bruno Assis

Não se lembrar onde guardou a chave do carro, esquecer o que pretendia procurar no Google ou ter dificuldades em recordar aquele número de telefone que acabaram de falar. Apesar dessas três situações serem muito comuns na vida, elas podem ser pistas de que há problemas na memória de curto prazo.
Segundo Maria Aparecida Camargos Bicalho, médica geriátrica e professora da Faculdade de Medicina da UFMG, essa memória de curto prazo “é a capacidade de reter, por alguns segundos, um número limitado de informações”, como, por exemplo, números de 2 a 7 dígitos. O bom funcionamento desse tipo de memória está ligado diretamente a três pontos: atenção, humor e sono. Listamos aqui sete fatores que podem alterá-los e contribuir com a perda desse tipo de memória:

1. Uso de drogas (lícitas ou não)
cerveja-copos
Creative Commons/Wagner T. Cassimiro “Aranha”
Não são raros os casos de bebedeira que terminam com alguém que não lembra da noite anterior. O consumo de maconha pode fazer com que você esqueça coisas que estava para dizer ou mesmo se perder no meio de uma frase. Outras drogas também provocam efeitos semelhantes na memória de curto prazo, pois agem no rebaixamento do sensório (uma região do cérebro), afetando a consciência. Algumas delas também podem aumentar a agitação e, com isso, diminuir a atenção do usuário. Isso sem falar que também podem causar distúrbios na neurotransmissão cerebral, dificultando assim a retenção da lembrança.

2. Estresse
Alguns cientistas já reconhecem que o estresse é uma das principais causas de perda de memória recente, sendo que sua intensidade e tipo influenciam bastante nesse processo. A exposição às neurotoxinas geradas pode causar uma alteração na atividade normal do sistema nervoso central, resultando até em uma atrofia da estrutura onde as memórias se originam, o hipocampo.

3. Medicamentos
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Creative Commons/worak
Quando o medicamento lida diretamente com o sistema nervoso central, há uma chance dele afetar suas lembranças. Além de reduzir a atenção do paciente, eles também podem causar uma mudança no fluxo normal de neurotransmissão, diminuição da consciência e liberação de neurotoxinas, fatores que podem determinar uma alteração na memória de curto prazo. Vale ficar atento.

4. Doenças graves
Algumas doenças graves, como insuficiência cardíaca ou doença renal crônica, também podem causar problemas na memória de curto prazo. Elas provocam a liberação de neurotoxinas, redução do sensório e da circulação cerebral, que estão entre os principais motivos para o rápido esquecimento.

5. Apneia obstrutiva do sono
Esta doença crônica é caracterizada pelo bloqueio parcial ou total das vias respiratórias, o que causa repetidas pausas na respiração durante o sono. Além do ronco, os principais sintomas da apneia obstrutiva são o aumento da agitação durante a noite, uma falta de disposição e a sonolência em excesso durante o dia. Esses três pontos afetam a atenção do indivíduo e, com isso, afetam também a capacidade de funcionamento da memória de curto prazo.

6. Transtorno do ciclo sono-vigília
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Creative Commons/Carlos Martnz
O período de sono e de vigília dos seres humanos segue um padrão, conhecido como circadiano. Em condições normais, esse período está sincronizado com fatores naturais e oscila dentro de um período de 24 horas. Algumas coisas, porém, como o jet leg provocado por viagens em fusos horários diferentes, estresse e disfunções hormonais, podem causar alterações nesse ciclo. É aí que aparecem aquela famosa insônia ou a sonolência. Da mesma forma que a apneia, este problema pode afetar a atenção por causa da falta de disposição e sonolência, interferindo na memória de curto prazo da pessoa.

7. Doenças psiquiátricas
O transtorno de ansiedade, transtorno depressivo e outras doenças psiquiátricas podem causar perda de memória recente por diversos fatores, principalmente aqueles envolvendo o sistema nervoso. Elas podem ser responsáveis pela geração de neurotoxinas, provocar a diminuição da capacidade do sistema nervoso em se adaptar ao longo do desenvolvimento ou até mesmo afetar a capacidade de funcionamento dos neurotransmissores. Além da possibilidade do paciente sofrer com déficit de atenção, que também pode afetar a memória.

* Dicas para melhorar a memória de curto prazo:
- Agendas, lembretes e anotações podem ser de grande utilidade;
- É possível treinar a memória de curto prazo com atividades padronizadas, que têm como objetivo estimular a atenção;
- Atividades como jogar videogame, ler, tocar instrumentos musicais, meditar e manter um estilo de vida ativo e ocupado contribuem para estimular a cognição.

Consultoria: Maria Aparecida Camargos Bicalho, médica geriátrica e professora da Faculdade de Medicina da UFMG.

Buraco Negro

De forma simplificada, buraco negro  é uma região do espaço que possui uma quantidade tão grande de massa concentrada que nada consegue escapar da atração de sua força de gravidade, nem mesmo a luz, e é por isso que são chamados de “buracos negros”.
Buraco negro (concepção artística). Ilustração: NASA/JPL-Caltech [domínio público], via Wikimedia Commons
Buraco negro (concepção artística). Ilustração: NASA/JPL-Caltech [domínio público]
Até hoje a melhor teoria para explicar este tipo de fenômeno é a Teoria Geral da Relatividade, formulada por Albert Einstein. Mas, para entender melhor do que se trata um buraco negro é preciso entender alguns conceitos.
Segundo a teoria de Einstein, a força da gravidade seria uma manifestação da deformação no espaço-tempo causada pela massa dos corpos celestes, como os planetas ou estrelas. Essa deformação seria maior ou menor de acordo com a massa ou a densidade do corpo. Portanto, quanto maior a massa do corpo, maior a deformação e, por sua vez, maior a força de gravidade dele. Consequentemente, maior é a velocidade de escape, força mínima que deve ser empregada, para que um objeto possa vencer a gravidade deste corpo. Por exemplo, para que um foguete saia daatmosfera terrestre para o espaço ele precisa de uma força de escape de 40.320 km/h. Em Júpiter, essa força teria de ser 214.200 km/h. Essa diferença muito grande, é porque sua massa é muito maior que a da Terra.
É isso que acontece nos buracos negros. Há uma concentração de massa tão grande em um pontotão infinitamente pequeno que a densidade é suficiente para causar tal deformação no espaço-tempo que a velocidade de escape neste local é maior que a da luz. Por isso que nem mesmo a luz consegue escapar de um buraco negro. E, já que nada consegue se mover mais rápido que a velocidade da luz, nada pode escapar de um buraco negro.
Esses tais buracos negros seriam estrelas em seu último estágio de evolução, quando, depois de consumir todo seu combustível, a estrela com massa maior que 3 massas solares, se transformam em uma supernova com um “caroço” no centro. Se a massa deste caroço, que pode ou não se formar, for maior que 2 massas solares ele cai sobre si mesmo, transformando-se em um buraco negro.
Às vezes acontece da estrela evoluir no que chamamos de “sistema binário fechado” quando duas estrelas ficam muito próximas e há transferência de matéria de uma para outra, podendo fazer com que uma delas acumule matéria em excesso provocando sua explosão em uma supernova. Nestes casos, o mais provável é que ela evolua para uma estrela de nêutrons, quando elétrons e prótons se fundem em nêutrons. Mas, acontece que em alguns sistemas a concentração de massa é muito grande e ocorre a formação de um buraco negro que continua “sugando” a massa daquela outra estrela maior.

Parada cardíaca de 78 minutos!!!

Como Muamba sobreviveu após ficar ‘morto’ por 78 minutos?

Atualizado em  22 de março, 2012 - 16:46 (Brasília) 19:46 GMT
Fabrice Muamba/Getty Images
Uma das explicações é de que o coração de Muamba não tenha parado completamente de funcionar
Quanto mais detalhes surgem da história de Fabrice Muamba, mais impressionante ela se torna.
A recuperação do jogador de futebol do Bolton que desmaiou em campo no último sábado durante jogo do Campeonato Inglês está sendo rotulada de "milagrosa".
O atleta de 23 anos teve uma parada cardíaca às 18h13 e seu coração voltou a funcionar novamente apenas às 19h31. Segundo o médico de seu clube, ele esteve "morto" por 78 minutos. Mas como isso é possível?
Os detalhes completos ainda não são conhecidos, mas a explicação mais provável e sugerida por envolvidos em sua recuperação é a de que, mesmo enquanto seu coração parou de funcionar, ele reteve algum tipo de vida.
O ataque cardíaco que ele sofreu fez com que seu coração não se contraísse e impulsionasse o sangue pelo corpo. No entanto, mesmo quando isso acontece, alguma atividade elétrica pode ainda estar ocorrendo no coração.
Incidente com Muamba
O socorro ao jogador foi prestado quase imediatamente
Se é esse o caso, uma das seguintes situações pode estar acontecendo:
  • o coração pode desenvolver um ritmo anormal, conhecido por fibrilação ventricular, em que ele treme como uma gelatina;
  • ou ele pode desenvolver uma taquicardia ventricular, quando ele fica fora de controle;
  • outra explicação é ele ter desenvolvido uma atividade elétrica mínima em que há um ritmo organizado, mas não contrações cardíacas.
Reanimação
Em alguns casos, podem ocorrer uma alternância entre os três estados. O importante é que a reanimação cardiopulmonar (RCP) comece o quanto antes.
O procedimento bombeia artificialmente o sangue pelo corpo, dando um tempo maior para que os médicos encontrem uma maneira de fazer o coração voltar a funcionar. Cada minuto de atraso para o início da RCP reduz as chances de sobrevivência em 10%.
Jonathan Tobin, médico do Bolton
Médico do Bolton descreveu a recuperação de Fabrice Muamba como "milagrosa"
Neste aspecto, o jogador teve sorte. No estádio de White Hart Lane, havia uma equipe completa de médicos equipados.
Havia ainda um cardiologista na arquibancada, que se juntou rapidamente aos que prestavam socorro ao jogador.
Vida em jogo
Mas apenas a RCP não basta, já que o procedimento só dá à vítima de uma parada cardíaca uma chance de 5% de sobrevivência.
Muamba recebeu também oxigênio e choques de um desfibrilador para fazer o coração voltar a trabalhar. Ele foi rapidamente levado de ambulância a um hospital, recebendo outros choques antes que seu coração funcionasse novamente.
Mas estaria ele mesmo morto? "Diria que sua vida estava em jogo", afirma Cathy Rossa, da ONG britânica British Heart Fundation.
"Você pode ter um ataque cardíaco e não existir atividade elétrica. Mas quando isso acontece, é muito difícil ressuscitar alguém", diz Rossa.
"Os que prestavam ajuda a ele deviam estar tendo algum tipo de resposta, porque de outra forma você não prossegue fazendo RCP por tanto tempo", acrescenta. "Mas, quando há alguma coisa, você continua. Setenta e oito minutos é muito tempo, embora não seja inédito."

O Paradoxo dos Gêmeos

O Paradoxo dos Gêmeos

O tempo passa com a mesma velocidade para todas as pessoas?

Ronald C. Lasky
Malcolm Godwin
A máxima “o tempo é relativo” pode não ser tão famosa como “tempo é dinheiro”. Mas a noção de que o tempo se acelera ou desacelera dependendo da velocidade com que um objeto se desloca relativamente a outro certamente está entre as ideias mais inspiradas de Albert Einstein.

O termo “dilatação do tempo” foi cunhado para descrever a desaceleração do tempo provocada pelo movimento. Para ilustrar o efeito, Einstein propôs um exemplo – o paradoxo dos gêmeos – que é indiscutivelmente o mais famoso experimento idealizado da teoria da relatividade. Nesse suposto paradoxo, um dos gêmeos viaja quase com a velocidade da luz para uma estrela distante e volta à Terra. De acordo com a teoria da relatividade, quando voltar estará mais jovem que seu gêmeo idêntico que aqui permaneceu.

O paradoxo se baseia na pergunta “Por que o irmão que viajou está mais jovem ao regressar?” A relatividade especial afirma que, ao passar por um observador, um relógio deslocando-se a altas velocidades parece andar mais devagar – isto é, há uma dilatação do tempo. (Muitos de nós resolvemos esse problema do relógio em deslocamento em física do ensino médio para demonstrar um efeito da natureza absoluta da velocidade da luz.) Como a relatividade especial garante que não existe movimento absoluto, o irmão que viajou para a estrela também não deveria ver o relógio de seu irmão na Terra andar mais devagar? Se isso fosse verdade, eles não deveriam ter a mesma idade?

Esse paradoxo é discutido em vários livros, mas resolvido em poucos. Para explicá-lo costuma-se dizer que o irmão que sente a aceleração é o que está mais jovem, logo o irmão que viaja para a estrela estará mais jovem no retorno. Embora o resultado esteja correto, a explicação é falaciosa. Alguns podem assumir falsamente que a aceleração provoca a diferença de idade e que é necessário apelar para a teoria geral da relatividade, que trata de sistemas de referência não inerciais ou em aceleração para explicar o paradoxo. Mas a aceleração a que foi submetido o viajante é acidental e a relatividade especial sozinha pode não ser suficiente para desvendar o paradoxo.
Estranha Viagem

Vamos supor que os irmãos gêmeos, apelidados de “viageiro” e “caseiro”, vivem em Hanover, no estado americano de New Hampshire. Eles têm gostos diferentes, mas compartilham um desejo comum: construir uma nave espacial que possa chegar a 0,6 vez a velocidade da luz (0,6 c). Depois de trabalhar na espaçonave durante anos eles estão prontos para lançá-la, tripulada por viageiro, em direção a uma estrela situada a seis anos-luz de distância.

A nave é acelerada rapidamente a 0,6 c. Para atingir essa velocidade, Viageiro levará pouco mais de 100 dias a uma aceleração de 2 g. Dois significa duas vezes a aceleração da gravidade, a aceleração experimentada quando se gira num loop de uma montanha-russa. No entanto, se Viageiro fosse um elétron, poderia ser acelerado até 0,6 numa fração de segundo. Por isso, o tempo para atingir 0,6 não é essencial para a discussão.

Viageiro utiliza a equação da contração do espaço da relatividade especial para medir a distância. Assim, a estrela que está a seis anos-luz de Caseiro parece estar somente a 4,8 anos-luz de distância de Viageiro a uma velocidade de 0,6 c. Dessa forma, para Viageiro, a viagem até a estrela leva apenas oito anos (4,8/0,6), enquanto para Caseiro o cálculo resulta em 10 anos (6,0/0,6). Para resolver esse paradoxo precisamos considerar como cada gêmeo veria o tempo marcado pelo seu próprio relógio e pelo relógio do outro durante a viagem. Vamos supor que cada gêmeo tenha um telescópio muito poderoso, que permita essa observação. Surpreendentemente, para explicar o paradoxo basta considerar o tempo que a luz leva para se propagar entre os dois gêmeos.

Viageiro e Caseiro zeram seus relógios quando Viageiro parte da Terra rumo à estrela. Quando Viageiro chega à estrela, seu relógio marca oito anos. Mas quando Caseiro vê Viageiro chegar à estrela, seu relógio indica 16 anos. Por que 16 anos? Porque, para Caseiro, a nave leva 10 anos para chegar à estrela, e a luz que mostra Viageiro na estrela leva mais seis anos para voltar à Terra. Assim, visto pelo telescópio de Caseiro, o relógio de Viageiro parece estar andando com metade da velocidade do seu próprio relógio (8/16).

Quando Viageiro chega à estrela, seu relógio indica que se passaram oito anos, como mencionado, mas para ele o relógio de Caseiro marca seis anos menos (o tempo que a luz leva para ir da Terra até ele), ou quatro anos (10 menos 6). De modo que Viageiro também vê o relógio de Caseiro andando com metade da velocidade de seu relógio (4/8).
De gêmeo a irmão caçula 

Na viagem de volta, Caseiro vê o relógio de Viageiro passar de oito para 16 anos, num período de apenas quatro anos, porque seu relógio marcava 16 anos quando ele viu Viageiro deixar a estrela e indicará 20 anos quando Viageiro chegar à Terra. Assim, Caseiro agora vê o relógio de Viageiro avançar oito anos num período de apenas quatro anos de seu tempo; para ele, o relógio de Viageiro anda duas vezes mais rápido que o seu.

Enquanto Viageiro volta para casa, ele vê o relógio de Caseiro avançar de quatro para 20 anos em oito anos de seu tempo. Assim, ele também vê o relógio de seu irmão avançar com o dobro da velocidade do seu. Mas ambos concordam que, no final da viagem, o relógio de Viageiro marca 16 anos e o de Caseiro 20 anos. Portanto, Viageiro está quatro anos mais jovem.

A assimetria no paradoxo é que Viageiro sai do sistema de referência da Terra e volta, enquanto Caseiro nunca deixou a Terra. Também é uma assimetria o fato de Viageiro e Caseiro concordarem sobre a leitura no relógio de Viageiro em cada evento mas não concordarem sobre a leitura do relógio de Caseiro em cada evento. As ações de Viageiro definem os eventos.

Juntos, o efeito Doppler e a relatividade explicam esse efeito matematicamente em qualquer instante. O leitor também poderá notar que a velocidade com que determinado relógio parece marcar o tempo também depende de ele estar se afastando ou se aproximando do observador.

Finalmente, é preciso mostrar que o paradoxo dos gêmeos é, hoje, mais que uma teoria, porque suas bases foram confirmadas experimentalmente. Num experimento desse tipo, o tempo de decaimento de um múon confirma a existência da dilatação do tempo. Múons estacionários têm vida média de cerca de 2,2 microssegundos. Quando passam por um observador em velocidade de 0,9994 c, sua vida média aumenta para 63,5 microssegundos, exatamente como prevê a relatividade especial. Experimentos em que relógios atômicos são transportados em velocidades variáveis também produziram resultados que confirmam a relatividade especial e o paradoxo dos gêmeos. No famoso experimento de Hafele-Keating em 1971, por exemplo, os pesquisadores colocaram relógios atômicos de césio a bordo de aviões comerciais que viajavam – primeiro para leste e depois para oeste – e compararam esses tempos com medidas de relógios fixos no Observatório Naval dos Estados Unidos.

Nasa quer testar efeitos de viagem espacial em irmãos gêmeos

gêmeos
No começo de 2015, a Nasa pretende enviar o astronauta Scott Kelly (à esquerda) ao espaço, onde passará por uma série de exames de saúde. Seu irmão, Mark Kelly (à direita), deve ficar na Terra e passar pelos mesmos testes(Nasa/VEJA)
Os astronautas americanos Scott Kelly e Mark Kelly são conhecidos como os primeiros - e até agora únicos - irmãos gêmeos a viajarem para o espaço. Um documento divulgado pela Nasa no último dia 30 anuncia que eles devem fazer parte de outro feito inédito. Dessa vez, um experimento científico. Segundo a agência, Scott Kelly será enviado ao espaço em 2015, onde permanecerá a bordo da Estação Espacial Internacional, enquanto Mark permanecerá na Terra. O objetivo é comparar as condições fisiológicas dos irmãos, para estudar como a exposição às condições do espaço afeta a biologia dos seres humanos.
Scott e Mark são gêmeos idênticos, nascidos no dia 21 de fevereiro de 1964. Antes de entrar para a Nasa, em 1996, ambos foram pilotos da marinha americana. Como astronauta, Scott Kelly participou de duas missões em ônibus espaciais e passou seis meses na Estação Espacial Internacional. Mark também participou de quatro missões em ônibus espaciais, mas se aposentou em 2011 para cuidar da mulher, a deputada Gabrielle Giffords, ferida em um tiroteio no início de 2011.
A experiência planejada pela Nasa partiu de uma ideia da própria dupla. Segundo os planos, Scott deve embarcar em março de 2015, para passar um ano a bordo da Estação Espacial. Nesse meio tempo, ele e seu irmão deverão passar por testes físicos e cognitivos frequentes, além de recolher amostras de sangue, saliva e urina, para comparar em tempo reala saúde dos gêmeos.
Paradoxo - Em 1911, o físico francês Paul Langevin formulou um experimento mental conhecido como Paradoxo dos Gêmeos para ajudar a compreender as consequências da Teoria da Relatividade, formulada por Albert Einstein poucos anos antes. Segundo a teoria, a velocidade da luz é constante, o que torna tempo e espaço relativos. Assim, quanto mais perto da velocidade da luz um objeto se movimentasse, mais devagar o tempo iria passar.
Saiba mais
TEORIA DA RELATIVIDADE
A Teoria da Relatividade foi desenvolvida pelo físico alemão Albert Einstein no início do século XX. Ela pode ser dividida em campos: a relatividade restrita e a geral. A relatividade restrita diz que a velocidade da luz medida no vácuo é a mesma sob qualquer referencial de observação. Mesmo que um objeto esteja se afastando ou se aproximando, a velocidade relativa da luz não muda. Para que a velocidade seja sempre a mesma, há uma dilatação no tempo.
A relatividade geral adiciona gravidade à relatividade restrita. Ela diz que o espaço e o tempo são uma coisa só. É como se ele fosse uma grande superfície elástica. Planetas colocados sobre essa superfície "afundam" o plano por causa de sua massa ou velocidade. À medida que um satélite, por exemplo, se move na direção de um planeta, ele cai em direção ao astro por causa dessa deformação.
Em seu experimento, Langevin imaginou uma dupla de gêmeos idênticos. Um deles é escolhido para fazer uma viagem espacial, a bordo de uma nave que se movimenta a velocidades próximas à da luz. Quando ele voltar à Terra e se encontrar com seu irmão, estará mais jovem que este - apesar de terem nascido no mesmo dia -, pois o tempo terá passado de modo mais devagar durante sua viagem. Por enquanto, o experimento permanece apenas mental, pois não existe nenhuma tecnologia capaz de reproduzi-lo nos dias de hoje.
Embora o experimento projetado pelos irmãos Scott e Mark Kelly lembre, de certa forma, o Paradoxo dos Gêmeos, os planos da Nasa passam longe de testar a Teoria da Relatividade. O objetivo da agência espacial é realizar investigações de curto prazo sobre as diferenças genéticas, metabólicas e corporais entre os irmãos.
Uma das características que será analisada, por exemplo, é se a radiação espacial pode alterar o DNA de Scott. Segundo o documento da Nasa, outras sugestões de pesquisa podem ser enviadas por cientistas para a agência até o dia 17 de setembro. Os projetos escolhidos serão divulgados em janeiro de 2014.

A CURA DO CÂNCER

A CURA DO CÂNCER

Drauzio Varella
Se um dia você ouvir que foi encontrada a cura do câncer, não leve a sério.
O que chamamos de câncer é, na verdade, um conjunto de mais de cem doenças que, em comum, têm apenas a célula maligna. Não só os tumores originados nos diversos órgãos apresentam características próprias, como aqueles oriundos de um mesmo tecido evoluem de forma variável em cada indivíduo. Por exemplo: estima-se que para um câncer de mama atingir 1cm de diâmetro pode levar de dois a 17 anos, conforme o caso. Há tumores que se disseminam pelo organismo antes de serem detectáveis pelos exames radiológicos mais sensíveis, enquanto outros de aparência idêntica, operados quando já mediam 5cm, nunca se espalham.
É evidente que a escolha do tratamento precisa levar em conta todas essas peculiaridades. Para tanto, é fundamental identificarmos fatores prognósticos: conjunto das características que dão idéia da gravidade do quadro e da probabilidade de resposta à terapêutica.
Na década de 1970, sugiram os primeiros estudos cooperativos internacionais. Neles, pesquisadores de vários centros reúnem em pouco tempo centenas, milhares de pacientes com o mesmo tipo de câncer, divididos de acordo com determinados fatores prognósticos, para distribuí-los ao acaso com a finalidade de receber esquemas de tratamento que serão comparados estatisticamente no final. Esses estudos provocaram uma revolução na cancerologia. Decidir a melhor forma de tratar alguém deixou de depender exclusivamente da impressão subjetiva do médico.
Hoje, por mais promissora que seja uma droga, só será aprovada para uso clínico caso demonstre eficácia nesses estudos internacionais com milhares de pacientes. Como consequência, dispomos de medicamentos bem avaliados, com índices de resposta previsíveis e toxicidade conhecida. Esse processo, no entanto, é caro e demorado. A indústria farmacêutica calcula que são necessários no mínimo dez anos de pesquisa
para lançar um novo produto no mercado, a um custo médio de um bilhão de dólares.
Para complicar, a experiência mostra que cada medicamento descoberto ajuda a curar apenas certos subgrupos de pacientes e a prolongar por mais alguns meses a sobrevida dos incuráveis.
Todos os tumores avançados que curamos nos dias atuais exigem combinações de várias drogas, frequentemente associadas a modalidades como cirurgia e radioterapia.
Cenário atual
Este é o cenário atual: a sociedade exige remédios eficazes e seguros, mas eles consomem tempo e dinheiro para provar sua utilidade. Num congresso internacional realizado neste mês na cidade americana de New Orleans, um pesquisador fez o cálculo de quanto gastaria um doente com câncer de intestino avançado que vivesse 18 meses à custa do uso dos principais antineoplásicos disponíveis: US$ 250 mil, sem contar gastos com analgésicos,
exames, consultas ou internações! – “Que país poderá pagar essa despesa?” – perguntou ele.
Tradicionalmente, os avanços tecnológicos ficam mais baratos à medida que se popularizam. Entretanto, isso não acontece com a maioria dos medicamentos usados em oncologia; eles entram no comércio a um preço elevado para serem logo substituídos por inovações mais caras ainda.
Prevenção e diagnóstico precoce
Como não viveremos as décadas necessárias até a ciência descobrir e testar todas as drogas necessárias, o que fazer para não morrermos de câncer?
Antes de tudo, lembrar que essa é uma doença passível de prevenção: perto de 40% dos casos são provocados por cigarro. Vida sedentária, consumo exagerado de álcool, dietas pobres em vegetais e ricas em alimentos altamente calóricos que levam à obesidade são responsáveis por mais 30% (só para citar as causas evitáveis mais importantes).
Mas, como nos defender dos tumores que surgem ao acaso ou por predisposição genética?
Nessas situações, a única solução é o diagnóstico precoce. Alguns exames, como a mamografia, permitem evidenciar tumores antes de atingirem 1cm, apresentação curável em quase 100% dos casos. Outros, como a colonoscopia, permitem não apenas visualizar o intestino por dentro e surpreender tumores iniciais, como retirar lesões na fase pré-maligna para evitar sua progressão.
Estudo das proteínas Quanto às neoplasias para as quais não existem métodos preventivos, a solução virá com o estudo das proteínas.
Os tumores malignos às vezes aumentam a produção de certas proteínas normalmente excretadas pelos tecidos normais. A detecção delas na corrente sanguínea permite o diagnóstico precoce: é o caso do PSA, o exame para detectar o câncer de próstata.
Nos tumores em que ainda não foram identificadas proteínas desse tipo, a ciência básica deverá desenvolver todo esforço para fazê-lo. A tarefa é achar uma agulha no palheiro: encontrar, no meio de cerca de um milhão de proteínas presentes no sangue, qual delas foi produzida especificamente pela célula tumoral. O conhecimento para tanto está disponível, o que falta é um Projeto Proteinoma de cooperação internacional, como foi o Projeto Genoma que identificou todos os genes humanos em 12 anos.
O conhecimento dessas proteínas exclusivas das células malignas possibilitará inquéritos populacionais com a finalidade de identificar os indivíduos que correm risco de apresentar câncer, de modo a surpreendê-lo na fase inicial. Permitirá ainda avaliar a agressividade de cada caso e a probabilidade de resposta ao tratamento proposto, para evitar o que acontece atualmente: tratarmos cem doentes com esquemas tóxicos, caríssimos, que beneficiarão apenas vinte.

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